segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A VERDADEIRA ORAÇÃO


“A cultura espiritual é alcançada através da concentração, e esta tem que ser continuada diariamente e exercitada a cada momento. A meditação já foi definida como ‘a cessação do pensamento ativo externo.’ A concentração é a orientação de toda a vida para um determinado fim. Por exemplo, uma mãe devotada é aquela que considera antes e sobretudo os interesses dos seus filhos em todos os seus aspectos; e não aquela que se senta para pensar fixamente todo o dia apenas em um destes aspectos. O pensamento tem o poder de se autorreproduzir, e quando a mente é mantida firmemente em uma ideia, ela se torna colorida por essa ideia, e, como pode-se dizer, todos os correlatos daquele pensamento surgem dentro da mente. É a partir daí que o místico obtém conhecimento acerca de qualquer objeto no qual ele pense constantemente em fixa contemplação.”

(H. P. Blavatsky, Ocultismo Prático, Editora Teosófica, 2006, p.66/70)

domingo, 30 de outubro de 2016

A REVELAÇÃO DE BRAHMAN

       

“O Upanixade Kena diz que a chegada de Brahman é como um ‘piscar de olho’. A revelação de Brahman é instantânea, tão súbita e rápida como um piscar de olho. A experiência de Brahman é momentânea, mas esse momento tem a riqueza de uma Eternidade. Brahman ou Realidade pode ser experienciado de momento a momento. Qualquer desejo de estender o momento significaria trazer a percepção de Brahman para o processo do tempo. Mas como pode o Transcendente ser percebido na região do Tempo? Somente no momento atemporal é que Brahman pode ser conhecido. Isso significa que para a experiência de Brahman precisamos descartar viver no processo do tempo? As atividades do dia a dia do homem precisam estar no processo do tempo. Mas aquele que obteve um vislumbre momentâneo de Brahman no momento atemporal retorna ao processo do tempo com um sentido de êxtase. Ele preenche o processo do tempo com esse êxtase. Ele não é mais a mesma pessoa. Ele traz para o processo do tempo a fragrância do Atemporal. Embora Brahman chegue como um flash de luz, tal é o brilho desse flash que ilumina toda a existência do homem. (...)
Somente quando a consciência humana está repleta de amor é que ela experiência a chegada de Brahman.”

(Rohit Mehta, O chamado dos Upanixades, Editora Teosófica, 2003, p. 48.)

sábado, 29 de outubro de 2016

DISCERNIMENTO


"Procura verificar o que vale a pena ser feito; e lembra-te que não deves julgar as coisas por sua grandeza aparente. Uma pequena coisa, que seja diretamente útil à obra do Mestre, vale muito mais a pena ser feita do que uma grande coisa que o mundo considere boa. Precisas distinguir não somente o útil do inútil, mas ainda o mais útil do menos útil. Alimentar os pobres é uma obra boa, nobre e útil; porém alimentar suas almas é ainda mais nobre e mais útil do que alimentar seus corpos. Qualquer homem rico pode alimentar o corpo, mas somente aqueles que sabem podem alimentar a alma. Se tu sabes, é teu dever auxiliar outros a saber."

(Krishnamurti, Aos Pés do Mestre, Ed. Teosófica, pg. 28)

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O RITMO DE VIDA



"O processo da criação consiste em que Deus se limita a Si mesmo, circunscreve dentro do Universo Sua infinita Presença, e a unidade da divina bem-aventurança se diversifica em múltiplas manifestações, esquecidas de sua origem divina, não há nada sem Deus. A pedra, a planta (o vegetal), o animal, o homem mesmo são essencialmente divinos, porém, em Sua criação, Deus se esquece de Si mesmo, o homem não conhece sua divina natureza durante as primeiras etapas de sua evolução. Somente depois de muitas vidas na matéria, nas quais sua atenção se dirigiu para o mundo exterior, o homem redescobre seu Eu divino, seu verdadeiro ser e empreende a senda de volta para Deus. Vemos então que o final da evolução humana é a unidade ou harmonia com Deus, o yoga do hinduísmo, o nirvana do budismo e a união mística do cristão."

(J. J. Van Der Leeuw, O Fogo Criador , Ed. Pensamento, pg. 16)


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

BHAGAVAD GITA



“O Bhagavad Gita é amplamente aceito como uma das grandes escrituras da humanidade. Ele contém um apelo universal. Trata da reorganização construtiva da vida, e explica como um homem deve cumprir seus afazeres e ao mesmo tempo compreender seu destino espiritual.(...)
O Bhagavad Gita ensina que devemos ‘nivelar’ a mente; devemos encarar do mesmo modo tanto as circunstâncias favoráveis quanto as desfavoráveis. Prazer e dor, ganho e perda, honra e desonra devem ser vistos de modo semelhante. Isso pode ser alcançado com o controle dos desejos, da ira e da ganância, que são os três portais para o inferno.”

(R. K. Langar, Uma fonte perene de inspiração espiritual Bhagavad Gita, Revista Sophia, Ano 2, Nº 5, p. 43)


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

NOVOS MEMBROS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA - GRUPO DE ESTUDOS TEOSÓFICOS ÁGUA VERDE












TRANSFORMAÇÃO INTERIOR E EXTERIOR

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“Começar uma guerra, ou responder à violência, para assegurar a paz, pode paralisar os acontecimentos durante um curto espaço de tempo fazendo-os submergir; contudo, eventualmente, eles emergirão mais uma vez, até mesmo com muito mais força. Tal como a sociedade condena os ladrões que arrombam as casas, da mesma maneira, invasões unilaterais e agressivas a outros países também violam a soberania dessas nações. Uma guerra afeta a todos, em todos níveis; físico, emocional e mental, e produz uma reação oposta contra o perpetrador; a lei de causa se efeito é esgotada num jogo mortal onde não há vencedores. e onde é posto em ação um ciclo infinito de agressão e retaliação. O controle sobre os eventos mundiais parece ter-se perdido, e para evitar um holocausto global precisamos urgentemente dar um basta a esses ciclos de agressão.”

(Susan Kaschula, Transformação interior - transformação exterior, Revista Theosophia, julho/agosto/dezembro 2016, pg.48)

PALESTRA PÚBLICA: O GOVERNO INTERNO DO MUNDO

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terça-feira, 25 de outubro de 2016

O MEDO


“Que é o medo? Só pode existir medo em relação a alguma coisa, nunca no isolamento. Como posso ter medo da morte, como posso ter medo de uma coisa que não conheço? Só posso ter medo do que conheço. Quando digo que temo a morte, estarei realmente com medo do desconhecido, que é a morte, ou estarei com medo de perder as coisas que conheço? Não tenho medo da morte e sim de perder a associação com as coisas que me pertencem. Meu medo está sempre em relação com o conhecido, não com o desconhecido.”

(J. Krishnamurti, A Primeira e Última Liberdade, Cultrix, pg. 72)

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A TERRA SEM CAMINHOS


      “Krishnamurti disse que a verdade é uma terra sem caminhos. Parece também dizer que o caminho para a terra da verdade é um caminho sem trilhas. Não há paradoxos nessas duas concepções, porque o único caminho para a verdade é a prática da própria verdade, assim como o único caminho para a liberdade é a liberdade, e o único caminho para o amor é o amor. Para a verdade, o amor ou a liberdade, nada pode substituir o caminho.(...)
Colocando a ideia em termos teosóficos, todas as nossas experiências são como se fossem enviadas direta e especificamente das mãos de Deus. Se reconhecermos e alegremente aceitarmos o fato de que em todas as coisas, o tempo inteiro, estamos lidando diretamente com Deus, deixaremos de insultá-Lo com orações que são apenas súplicas. Começaremos a ter a força e a paz que surgem ao descobrirmos que o mais elevado e o mais próximo são a mesma coisa.”

(Ernest Wood, A Terra sem Caminhos, Revista Sophia, Ano 6, Nº 24, p. 26/27)

domingo, 23 de outubro de 2016

A ILUSÃO DO CORPO FÍSICO


“Tudo muda quando vencemos a ilusão de que somos o corpo físico e passamos a vê-lo tal qual ele é, como nosso servo ou instrumento no mundo físico. Devemos inverter, por assim dizer, a polaridade da relação: em vez de o mundo físico nos dominar por meio do corpo físico com o qual nos identificamos, devemos controlar o mundo físico por meio do corpo físico que tenhamos feito subserviente a nós. O centro de gravidade deve transladar-se do corpo físico para a nossa consciência; e devemos, por assim dizer, experimentar que retiramos dele o centro de nossa consciência e nos reconhecemos ocultos sob o corpo físico, atuando por meio dele, mas sem nos identificar com ele.”

(J. J. Van Der Leeuw, Deuses no Exílio, Editora Teosófica, 2013, p. 24/25)

sábado, 22 de outubro de 2016

APRENDIZAGEM INTERNA



"Livrar-se das causas externas não é tão importante como eliminar as causas internas de nossa psiquê. Fomos treinados para sempre lidar com as causas externas, e por isso as causas internas continuam.
A aprendizagem interna é muito mais importante porque ela sempre nos liberta. A tristeza não é encarada como um infortúnio, mas como uma oportunidade para aprendermos sobre nós."

(P. Krishna - O futuro é agora - TheoSophia - Ano 102 - Julho/Agosto/Setembro de 2013.)


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

PALESTRA PÚBLICA - LUZ NO CAMINHO

A MORTE DO MEDO


“Não somos educados para morrer ou conhecer a finitude, nem para lidar com o nosso próprio fim. Por isso também os sábios, os santos e as religiões nos falam da importância da alma, ou de quem realmente somos. Não somos um corpo tendo uma vida espiritual; somos um espírito tendo uma vida material - essa máxima pode mudar todo o entendimento, as possibilidades e a perspectiva da vida.”

(Mauricio de Andrade, A morte do medo, Revista Sophia, Nº 63, pg.8)

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A VONTADE HUMANA



"A vontade humana possui a faculdade de se opor a Deus, como se opõe ao homem; ora, é indispensável que ela se associe à ação divina espontaneamente, sem nenhuma violência exterior.
Assim o exige a lei da evolução. Que a vontade abra a porta, e a vida inundará a alma. Enquanto a porta permanecer fechada, a vida só exala ligeiros perfumes, e este aroma delicado, às vezes, consegue transpor a barreira que a força não pode atravessar."

(Annie Besant - O Cristianismo Esotérico, Ed. Pensamento, São Paulo, p. 129)

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A SOBERBA



   “Um rio de planície, cheio de soberba, a um rio de planalto dizia:
- Eu sou tranquilo, largo, sereno e profundo. Em minhas águas navegam barcos, que levam riquezas aos mercados, remédios para os doentes, alimento às populações distantes, brinquedos para as crianças, presentes aos que são amados...
O rio das terras altas, agitado e sonoro, rápido e cheio de força, por sua vez respondeu:
- Pouco importa ser navegável ou não. É da permanente inquietude de minhas águas, dos desníveis do meu leito, das quedas e corredeiras que os homens tiram energia para mover fábricas, criar riquezas e iluminar cidades. Compare a poluição de tuas pardacentas águas com a limpidez das minhas.
Um sábio que por ali passava, escutando o diálogo, compadecido de tanta ilusão e arrogância, resolveu interferir com sua misericórdia, falando assim:
- Como são tolos vocês! Supõem que são diferentes. Não sabem que um é o outro. Discutem somente porque ainda não descobriram que não existem rios diferentes, mas um único rio. Renunciem à soberba, filha da ilusão. Cessem a discussão. Continuem, cada um, a cumprir individualmente o papel que têm a desempenhar, que são missões igualmente importantes, sem esquecer, no entanto, que são um único e mesmo rio , nascidos juntos e destinados a juntos imergir no mar.”
(Hermógenes, Viver em Deus, Editora Nova Era, 4ª edição, p. 148/149)

terça-feira, 18 de outubro de 2016

AUTOCONHECIMENTO


“São tão colossais os problemas do mundo, tão extremamente complexos, que para compreendê-los e resolvê-los temos de estudá-los de maneira muito simples e direta; e a simplicidade, a ação direta não depende de circunstâncias exteriores nem de nossos preconceitos e caprichos pessoais. Como tenho apontado, a solução não se encontra em conferências e em projetos, nem na substituição de velhos por novos líderes, etc. A solução encontra-se evidentemente no criador do problema, no criador de malefícios, do ódio e da enorme imcompreensão existente entre os seres humanso. O criador deste mal, destes problemas é o indivíduo, vós e eu, não o mundo, tal como o concebemos. O mundo são vossas relações com outrem, não é uma coisa separada de vós e de mim; o mundo, a sociedade, são as relações que estabelecemos ou procuramos estabelecer entre nós.”

(krishnamurti. A Primeira e Última Liberdade, Cultrix, pg.38)

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A DIVERSIDADE NA UNIDADE


      “Toda e qualquer religião externa, objetiva, atinge apenas o ego periférico do homem, mas não o seu eu central; produz uma moral externa, mas não uma ética interna. A moral pode produzir armistício, que é uma trégua entre duas guerras, mas não pode estabelecer verdadeira paz, que nasce do conhecimento intuitivo de que o Deus em mim é também o Deus em ti (namastê), e que, por isto, eu posso amar o próximo assim como amo a mim mesmo, porque o ponto de referência do amor próprio e do amor alheio é o mesmo: o verdadeiro Eu divino, seja em mim, seja em ti. O Deus em nós é o Deus em mim, o Deus em ti, o Deus nele, o Deus nela.
(...) Amor supõe diversidade na unidade. O amor é univérsico. Quando há somente diversidade não pode haver amor; quando há somente unidade não pode haver amor. Amor é a percepção da diversidade existencial como manifestação da unidade essencial."

( Huberto Rohden, Entre dois Mundos, Editora Alvorada, 1984, p. 59/60)

domingo, 16 de outubro de 2016

A DEFINIÇÃO DO DISCÍPULO

    
“Definamos os nossos termos. ‘Discípulo’ é o nome dado nas escolas ocultas àqueles que, encontrando-se na senda da provação, são reconhecidos por algum Mestre como estando a ele ligados. O termo exprime um fato, não um particular estágio ou nível moral, e tampouco traz consigo uma eventual implicação atinente à mais alta posição moral. (...)
A verdade é que o discipulado implica um vínculo passado entre o Mestre e o seu discípulo. Um Mestre pode reconhecer aquele laço, proveniente de um relacionamento passado, com alguém que ainda tem muito a realizar. O discípulo pode ter muitas faltas graves de caráter e, embora esteja voltado na direção da Luz, pode não ter, de modo algum, esgotado todo o karma pesado do passado. Os discípulos podem estar enfrentando muitas dificuldades, disputando muitas batalhas com as hostes do passado voltadas contra eles. A palavra ‘discípulo’ não implica necessariamente iniciação ou um estado de santidade; exprime, apenas, uma posição e um vínculo – indica que a pessoa está na senda probatória e é reconhecida por um Mestre como uma seguidora.”

(Annie Besant, A Vida Espiritual, Editora Teosófica, 1992, p. 158/159)

sábado, 15 de outubro de 2016

A CRUZ DE CADA UM


       “Um homem ia no trem lento, poeirento e sem conforto. Ia invejando os que podiam ir de avião. Nisto, viu um que, ao Sol impiedoso, viajava montado em lerdo cavalo ossudo. E alegrou-se.
O cavaleiro, corpo doído de tantas horas no lombo do pobre animal, intimamente lamentava ser ultrapassado pelo trem, que já ia longe, se perdendo na poeira.
Meia hora depois, ainda resmungando, passou por um pobrezinho que ia a pé.
Este, no caminho duro e pedregoso, sob calor escaldante, pés inchados, músculos fatigados, ia orando. Ia agradecendo a Deus ter aquela dor nos pés, pois o desconhecido a quem de manhã ajudara, era mutilado – não tinha pés, nem para senti-los doer.”
(Hermógenes, Viver em Deus, Editora Nova Era, 2006, p. 145)



sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A ESCALADA DA EVOLUÇÃO


“A escalada de uma montanha pode ser usada como uma metáfora para analisar a jornada da nossa alma. Existe a possibilidade de verticalidade em nossas vidas, com muitos níveis de realidade que são apreensíveis para nós apenas nos estados mais elevados da consciência. Da mesma forma, quando subimos uma montanha, a paisagem que se revela à nossa visão muda ao atingirmos os níveis mais elevados. O importante é empreender a verdadeira subida, em vez de se engajar em discussões a respeito das paisagens, conforme forem descritas por aqueles que se empreenderam a escalada antes de nós.”



(Ravi Ravindra, A escalada da evolução, Revista Sophia, nº 63, pg. 5)

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A RESPONSABILIDADE DA MENTE NAS ENFERMIDADES CRÔNICAS


“Ao procurar curar-se, a pessoa costuma se concentrar mais no poder escravizador da moléstia, assim, que a doença se torne tanto um hábito mental quanto físico. Isso é especialmente verdadeiro na maior parte dos casos de nervosismo. Cada pensamento de depressão ou felicidade, de irritabilidade ou tranquilidade, abre sulcos sutis nas células cerebrais e fortalece as tendências para a enfermidade ou para o bem-estar.
A ideia-hábito subconsciente de doença, ou de saúde, exerce uma forte influência. As doenças rebeldes, quer mentais, quer físicas, sempre têm uma raiz profunda na subconsciência. A enfermidade pode ser curada extirpando-se suas raízes ocultas. (...)
Declarações da Verdade devem ser praticadas de boa vontade e espontaneamente, com inteligência e devoção. Não devemos permitir que a atenção divague. A atenção dispersiva, como criança travessa, deve ser trazida de volta várias vezes e educada, repetida e pacientemente, para cumprir a tarefa que lhe foi designada.”

(Paramahansa Yogananda - Afirmações Científicas de Cura - Self-Realization Fellowship - p.25/26)

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

TRABALHANDO A COMPAIXÃO



“É preciso compreender que a afeição de que falo é gratuita, praticada sem intenção de receber algo em troca. Não é uma questão de sentimento. Da mesma forma, dizemos que a verdadeira compaixão é livre de vinculações. É preciso atenção para este princípio, pois vai de encontro à nossa maneira habitual de pensar. Não é este ou aquele caso em especial que estimula a nossa piedade. Não escolhemos esta ou aquela pessoa como objetivo de nossa compaixão. A compaixão é despertada espontaneamente, é incondicional, sem qualquer expectativa de receber algo em troca. E é de alcance universal."

(Sua Santidade o Dalai-Lama, O Caminho da Tranquilidade, Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2000, p. 26/27)

terça-feira, 11 de outubro de 2016

UM PODER NEGLIGENCIADO


“Aqueles que não tem estudado o assunto de modo especial nunca compreendem que o pensamento traz em si um poder tremendo. Para eles, a força da água e do vapor sob pressão são reais, porque podem vê-los em ação, enquanto que a força do pensamento não passa de uma coisa vaga e intangível. Mas aqueles que estudaram o tema em profundidade sabem muito bem que é uma tão real quanto a outra.
Isso é verdade em dois sentidos – direta e indiretamente. Com um pouco de reflexão, todos reconhecem a ação indireta do pensamento, pois é óbvio que o homem precisa pensar antes de fazer alguma coisa. O pensamento é o poder motor da ação, assim como a água move o moinho. Todavia, de modo geral, as pessoas não sabem que o pensamento também age diretamente sobre a matéria; e que, mesmo não se transformando em ação, o pensamento por si só já produz um efeito."

(C. W. Leadbeater - A Vida Interna – Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p.260/265)

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

ENCONTRO DA REGIONAL SUL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA

PALESTRA PÚBLICA - O GOVERNO INTERNO DO MUNDO

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VERBO HAVER


HÁ UM FOGO sem fumaça
- o da sabedoria.
Há uma asa sem limites
- a da liberdade.
Há uma vida que não cessa
- aquela que não nasce.
Há uma imersão sem emersa
- o mergulho iluminativo na Essência, no Ser.
Há uma paz que transcende a humana compreensão
- a do encontro com Deus.
Há uma fortuna sem fim
- a que resulta da renúncia.
Há um inimigo a quem desastradamente amamos
- nosso mesquinho ego.
Há uma luz que não faz qualquer sombra
- a do Espírito Santo.

(Hermógenes, Viver em Deus, Editora Nova Era, 4ª edição, p. 41/42)

domingo, 9 de outubro de 2016

VÉUS DA IMANÊNCIA




A face do Real está coberta
Com um véu dourado
Que tu Oh Pushan descubras
Que eu, devotado à verdade, possa ver.

De acordo com o verso acima, a experiência espiritual é um processo de descoberta. A Verdade ou Realidade foi encoberta. Existe véu após véu de manifestação cobrindo a Face da Verdade. Brahman ou a Realidade está na nossa frente, mas não podemos vê-La porque uma tela está encobrindo-A. Ao remover o véu, que é um processo negativo, vem a experiência intensamente positiva da percepção direta da Face de Brahman. E, por estranho que pareça, a Realidade está coberta com um véu dourado. O véu dourado tanto nos fascina e atrai que não estamos dispostos a removê-lo. Mas quem colocou esse véu dourado sobre a Face da Verdade? O véu foi na verdade lançado pelo pensamento, e o pensamento o teceu com o belo material que lhe foi suprido por sua própria experiência acumulada. O pensamento naturalmente lançou mão do melhor material disponível, ele crivou o véu com ouro e prata, com todas as joias que pôde encontrar em seu próprio depósito de riquezas. Mas o véu do pensamento precisa ser feito com material trazido do reino da continuidade. É essa tela de continuidade lançada pelo pensamento que oculta a face do Real que é para sempre Atemporal e, portanto, está fora do curso de continuidade da mente. Quando o véu das projeções da mente é removido, então aparece em toda sua majestade o Espírito Supremo.”

(Rohit Mehta, O Chamado dos Upanixades, Editora Teosófica, 2003, p. 30/31)

sábado, 8 de outubro de 2016

CORPO E ESPÍRITO



“O corpo é o instrumento da ação e da experiência. Através dos acontecimentos da vida que nos atingem com tanta rapidez, formamos hábitos mentais, conceitos e ideias e, mais ou menos baseados nisto, agimos. O corpo é um instrumento valioso para o progresso de nossa alma, mas não é realmente nós, é nosso para nosso uso. Pelos seus nervos sensoriais ganhamos impressões que modelamos em conceitos. Pelos seus nervos motores atuamos em nosso ambiente.(...)
O espírito em nós é a Palavra de Deus feita em carne, aquela que a Inteligência Criadora pronunciou para expressar Seu Pensamento e enquanto o ‘céu’ e a ‘terra’ de nosso interior e exterior, psíquico e físico, passam e são repetidamente recriadas, a Palavra em nós nunca passará, nunca deixará de existir.”

(Clara M. Codd – A Técnica da Vida Espiritual, Biblioteca Upasika)

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

PUREZA DE AÇÕES


“As pessoas perguntam que Sādhana ou prática poderia melhor conduzir ao progresso espiritual. Tal pergunta implica na existência de fragmentação na vida da pessoa que a propõe. Claramente, ela imagina algum meio de realização espiritual como um tipo especial de prática separado de todas as outras ações da vida. Isso não significa que a pessoa não deva dedicar alguns momentos do seu dia à contemplação silenciosa, porém, é mais importante que a pessoa viva de uma forma pura e que todas as usas ações façam parte de um modo de vida sem compartimentalização.”

(Radha Burnier, Não há Outro caminho a Seguir, Ed. Teosófica, pg 68/69)

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Palestra Pública: Sábados com Otávio Marchesini

APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS TEOSÓFICOS


“Compare as vidas não apenas das massas, mas também daquelas que são chamadas classes média e alta, com o que elas deveriam ser sob condições mais saudáveis e nobres, onde a justiça, a benevolência e o amor fossem supremos, ao invés do egoísmo, indiferença e brutalidade que hoje parecem reinar de maneira absoluta. Todas as coisas boas e más na humanidade têm suas raízes no caráter humano, e esse caráter é e tem sido condicionado pela cadeia interminável de causa e efeito. Mas esse condicionamento aplica-se ao futuro da mesma forma que ao presente e ao passado. O egoísmo, a indiferença e a brutalidade nunca poderiam ser o estado normal da raça – acreditar nisso seria perder as esperanças na humanidade – e isso nenhum teósofo pode fazer. O progresso somente pode ser alcançado pelo desenvolvimento das qualidades mais nobres. Ora, a verdadeira evolução nos ensina que, alterando o ambiente do organismo, podemos melhorar e alterar o organismo; e no sentido mais estrito isso é verdade em relação ao homem.”

(BLAVATSY, H.P, a Chave para a Teosofia, Brasília, Ed. Teosófica, 1991, p. 205)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O INSTRUTOR


         

“Aqueles que leram a Voz do Silêncio saberão que esta obra consiste em três tratados que transmitem a essência do pensamento Mahayânico de uma forma muito clara. Estão agrupados em forma de discursos, nos quais o aluno pede orientação e luz ao instrutor, e este fala ao aluno sobre os objetivos da senda, as várias virtudes a serem desenvolvidas, as fraquezas a serem evitadas, e as verdades relacionadas a tudo isto. O instrutor também esclarece que ele pode apenas apontar o caminho, ele não pode conduzir o aluno até o destino pretendido. O aluno terá de usar a sua própria inteligência a cada passo, reunir todas as energias de sua natureza, e aplicar-se seriamente à tarefa. Se fosse meramente uma questão de encontrar um instrutor que conduzisse a pessoa até o objetivo adequado, a dificuldade residiria apenas em encontrar a pessoa certa, e assim o aluno não teria responsabilidade alguma. Mas não é este o caso. O discípulo terá de realizar a viagem por ele próprio, enfrentando todas as dificuldades, guiado pela sua própria compreensão."


(N. Sri Ram, Em Busca da Sabedoria, Editora Teosófica, 1991, p. 135/136)

terça-feira, 4 de outubro de 2016

DÚVIDAS


“Uma dúvida sobre nossas crenças pode paralisar-nos.
Uma dúvida sobre nossas forças pode vencer-nos.
Uma dúvida sobre o caminho pode desviar-nos.
Uma dúvida sobre nós mesmos pode matar-nos.
Maldita dúvida!
Uma dúvida pode:
· libertar-nos dos engodos;
· salvar-nos da trilha errada que escolhêramos;
· evitar-nos precipitados engajamentos funestos;
· ajudar-nos a transcender.
Bendita dúvida!
Quando preciso definir se uma dúvida é maldita ou bendita, pergunto à Viveka – à Divina Luz do Discernimento."

(Hermógenes, Viver em Deus, Editora Nova Era, 2007, p. 95)

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

CRIATIVIDADE E ADAPTAÇÃO


“Um filhote de pássaro numa árvore pode instintivamente praticar o bater de asas antes de ser capaz de voar, mas o instinto não é a base de todas as suas ações. Pode-se ver com frequência o pai próximo ao filhote, ensinando-lhe a bater as asas, enquanto o pequenino imita e aprende. Aprender através da imitação é necessário para a sobrevivência.
Por ser parte da sobrevivência, a imitação está enraizada no cérebro humano, que tem evoluído ao longo de um vasto período de tempo. Nós somos todos profundamente condicionados a fazer as coisas como os outros fazem. As línguas, por exemplo, são aprendidas através da imitação. As crianças copiam os sons dos adultos.
O comportamento e o pensamento são geralmente mecânicos, impensados. Por isso, a sociedade não muda facilmente. Toda geração herda, inconscientemente, atitudes e reflexos da geração que a precedeu. Uma vez que a maioria das pessoas são conformista, criar uma nova sociedade, com melhores valores, é muito difícil.(...)
Para nos libertarmos de hábitos impressos em nossos cérebros, devemos aprender, de maneira crescente, a perceber que o conformismo e o pensamento imitativo são a causa da estagnação da sociedade e da ausência de criatividade individual.”

(Radha Burnier, Criatividade e adaptação, Revista Sophia, Ano 3, Nº 9, p. 23/24)

domingo, 2 de outubro de 2016

A LEI DO EQUILÍBRIO



“Ao considerar a vida humana, temos de levar em conta três forças principais, todas interagindo e limitando-se entre si: a constante pressão da evolução, a lei de causa e de efeito, que chamamos de karma, e o livre-arbítrio. Até onde podemos ver, a ação da força evolutiva não leva em consideração o prazer e a dor humana, mas apenas seu progresso, ou melhor, as oportunidades de progresso dadas ao homem. Pode-se dizer que ela é absolutamente indiferente à felicidade ou infelicidade humana e que nos leva às vezes para uma, às vezes para outra, de acordo com o que pode oferecer-nos a melhor oportunidade possível de desenvolver a virtude necessária naquele momento. O karma é resultado da ação do livre-arbítrio no passado. O homem acumula energias que proporcionam oportunidades para a vida evolutiva ou limitam a sua ação. O uso atual desse livre-arbítrio é o terceiro fator."

(C. W. Leadbeater, A Vida Interna, Editora Teosófica, Brasília, 1996, p. 317/318)

sábado, 1 de outubro de 2016

SERVINDO A UM PROPÓSITO SUPERIOR



“A mente e a inteligência integrada (buddhi) pertencem ambas à pisque do homem e, junto com o seu corpo, são os determinantes de sua individualidade, a qual, com esforço e auxílio, pode servir a um propósito superior. Pertencendo à natureza material do homem, elas representam sua particularidade – a colocação específica de forças e a combinação especial que o distingue dos outros. Este é o campo das ações, memórias e pensamentos individuais; este é o reino do espaço, tempo e causação; esta é a arena dos esforços e conhecimento humanos. É aqui que um homem pode purificar a si mesmo, orientar-se em direção ao alto e tornar-se disponível. Ele pode cuidar de suas redes e dispô-las judiciosamente; então, paciente, deve esperar, em prontidão para o que possa vir."

(Ravi Ravindra, Sussurros da Outra Margem, Editora Teosófica, p.37/38)