terça-feira, 23 de junho de 2015

A CONQUISTA DO EGO



“Assim como somos, sem rumo, o nosso interesse egocêntrico não se harmoniza com o interesse de nosso eu mais profundo. Nós não buscamos primeiro o reino interno e somente depois o externo; ao contrário da verdadeira ordem, nós primeiro nos esforçamos pelo domínio do mundo. Se necessário, nós até mesmo negamos e sacrificamos o superior pelo inferior. Mas, ‘o que aproveitará o homem, se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?’[1] É o falso eu, o ego, que está obsecado com a conquista do mundo. É este ego que devemos sobrepujar a fim de ‘nascer de novo... do Espírito’.[2] A conquista do ego é na verdade a vitória sobre o mundo psíquico abstrato, construído por nós mesmos, o qual habitamos e nos mantém sobrecarregados e pesados. Aquele que sobrepujou o mundo é do alto e não deste mundo; uma tal pessoa vivendo no mundo não é impelida por desejos mundanos ou ambições. Ela faz o que lhe é exigido pelo alto, não para sua satisfação ou glória pessoal.”

[1] Mateus 16:26

[2] João 3:7-8

(Ravi Ravindra, Sussurros da Outra Margem, Editora Teosófica)

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