terça-feira, 6 de janeiro de 2015

MEDITAÇÃO


“As sensações, despejadas para dentro, pelos nervos sensórios, mantêm a mente cheia de miríades de pensamentos ruidosos, de modo que toda a atenção se volta para os sentidos. A voz de Deus, porém, é silêncio. Só quando cessam os pensamentos é que se pode ouvir a voz de Deus, comunicando-se por meio do silêncio da intuição. Esse é o meio de expressão de Deus. Quando você entra em silêncio, desaparece o silêncio de Deus. Ele lhe fala por meio de sua intuição. Para o devoto cuja consciência está interiormente unida a Deus, é desnecessária uma resposta audível Dele: pensamentos intuitivos e visões verdadeiras se constituem a voz de Deus. Eles não são resultado do estímulo dos sentidos, mas uma combinação do silêncio do devoto com a voz silenciosa de Deus.
Deus tem estado conosco o tempo todo, falando conosco, mas a voz silenciosa Dele foi abafada pelo ruído de nossos pensamentos: “Tu sempre me tens amado, mas não Te ouço.” Ele tem estado sempre próximo; nós é que temos estado vagando e nos afastamos da consciência Dele. 
A despeito de nossa indiferença e de nossa busca dos prazeres dos sentidos, Deus ainda nos ama e sempre nos amará. Para sabermos isto, precisamos retirar nossos pensamentos das sensações e ficar interiormente silenciosos. Silenciar os pensamentos significa sintonizá-los com Deus. É então que se inicia a verdadeira oração.” 
(Paramahansa Yogananda-No Santuário da Alma )

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